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terça-feira, 6 de outubro de 2009

José Nery manifesta apoio à Marcha dos Usuários pela Reforma Psiquiátrica Antimanicomial



Em pronunciamento nesta quinta-feira (1º), o senador José Nery (PSOL-PA) manifestou apoio à Marcha dos Usuários pela Reforma Psiquiátrica Antimanicomial, que reuniu em Brasília, nesta quarta-feira, usuários dos serviços de atenção à saúde mental, familiares e profissionais da área oriundos de vários estados brasileiros. O evento foi organizado pela Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial (Renila), com o apoio do Conselho Federal de Psicologia.

De acordo com o senador, os manifestantes vieram exigir o cumprimento definitivo da Lei da Reforma Psiquiátrica (10.216/01), que concretizou no Brasil debates realizados em todo o mundo desde o final da década de 70 por uma alternativa ao hospital psiquiátrico.

Os manifestantes também destacaram, como informou o senador, a importância da existência no Sistema Único de Saúde (SUS) de uma estrutura que propicie ao portador de transtornos mentais as melhores condições de atendimento, com serviços substitutivos que potencializam a inclusão e a cidadania. O senador se disse favorável à tese de que os usuários são os mais aptos a indicar o modelo de assistência mais adequado ao tratamento de seus transtornos.

- É preocupante que a Reforma Psiquiátrica não se concretize porque velhos setores interessados em lucrar com internações e recursos condenáveis do ponto de vista dos direitos humanos e da medicina moderna ainda demonstrem força para limitar sua implantação e seus efeitos práticos - disse Nery.

Nery criticou a falta de investimentos na expansão e na melhoria da rede assistencial e o que disse considerar "falta de coragem para enterrar em definitivo a relação de compra e venda de serviços enganosos e práticas desumanas e danosas à saúde e à dignidade dos portadores de sofrimento mental". O senador enumerou como práticas desumanas o uso de eletrochoques, de psicofármacos e de psicocirurgias.


Abraços

Um comentário:

  1. "(...) Sou feliz agora! Não, Não vá embora, não. Vou morrer de Saudade (...)"

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